Nova York ou Nova Iorque?

Uma dúvida muito comum que surge na grafia em língua portuguesa da maior e mais conhecida cidade dos Estados Unidos da América é escrevê-la “Nova Iorque”, uma forma aportuguesada, ou “Nova York”, esta que é muito usada no nosso país.

Primeiramente devemos levar em consideração que o Nova York sugere uma junção da palavra de língua portuguesa “Nova” e a da língua inglesa “York”. Logo, unir duas palavras que formam uma locução em dois idiomas diferentes seria errado, não é mesmo?

Porém, temos que ficar atentos que o nome da cidade estadunidense se deu em referência ao importante condado de Yorkshire (cuja capital é a cidade de York), na Inglaterra. Em outras palavras “New York” seria, em tradução ao pé da letra “Nova Yorkshire/York”. Como sabemos que nem todas as palavras de outros idiomas sofrem aportuguesação, o termo “Nova” estaria ali simplesmente para referenciar ao condado britânico, tanto na língua inglesa, tanto na portuguesa e em outros idiomas.

Até muitas vezes, quando um erro persiste, acaba fazendo muita polêmica, como foi o caso de “estória”, um neologismo proposto por João Ribeiro em 1919. Apesar de não ser mais aceita, perdurou como dúvida por muito tempo.

Nova Iorque não seria a única cidade desta lista, Nova Jérsei (ou New Jersey, como queiram) também é outro exemplo que enquadra-se neste “equívoco”.

Porém, ainda há aqueles que defendam a grafia “Iorque”, levando em consideração, além do uso de dois idiomas em uma mesma locução, o adjetivo que lhe é apresentado: nova-iorquino, não “nova-yorkino”, confirmando esta ideia.

Atualmente, na verdade, tanto “Nova Iorque”, tanto “Nova York” são aceitos, nenhum configurando um erro, talvez pela polêmica que é carregado ao uso dos dois termos.

E aí, qual termo você defende? Deixe seu comentário abaixo.

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Meu nome é Fernando Soares de Jesus, natural de Imbituba/SC, geógrafo pela Universidade Federal de Santa Catarina e mestrando na área de Desenvolvimento Regional e Urbano na mesma instituição. Criei este blog ainda no Ensino Médio, em meados de 2013, com o objetivo de compartilhar e democratizar o conhecimento geográfico, desde o campo físico até o campo humano, permitindo seu acesso de maneira clara e descomplicada.

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