Vale do Rift: a grande falha que pode mudar o mapa da África futuramente

É conhecido como Vale do Rift o conjunto de falhas tectônicas que cortam a parte leste da África, desde o Lago Malauí até o Chifre da África, onde cria uma bifurcação entre Eritreia, Djibuti e Somália, o Triângulo de Afar.

Ele foi formado há milhões de anos com a divisão das placas tectônicas da África e da Arábia. Compreende três principais lagos: o Malauí (ou Nassa) em seu início, o Tanganica, na sua porção mais a oeste (cria-se um “braço” na região da Tanzânia que segue para o ocidente, até a região da divisa entre Rep. Democrática do Congo e Uganda, Ruanda e Burundi) e o Lago Vitória (entre a porção leste e oeste).

A profundidade em alguns lugares chega a incríveis milhares de metros. O lugar também caracteriza-se pela forte atividade vulcânica para um lugar “longe” do encontro de placas, principalmente no Triângulo de Afar. O Monte Kilimanjaro, o mais alto da África, fica localizado próximo ao vale. Em outras palavras, a falha segue desde Moçambique até o Mar Vermelho, com suas áreas de maior ou menor atividade e suas bifurcações.

No futuro, a placa africana pode rachar-se ainda mais, formando um mar interior, mudando completamente o atual mapa do continente.

Meu nome é Fernando Soares de Jesus, natural de Imbituba/SC, geógrafo pela Universidade Federal de Santa Catarina e mestrando na área de Desenvolvimento Regional e Urbano na mesma instituição. Criei este blog ainda no Ensino Médio, em meados de 2013, com o objetivo de compartilhar e democratizar o conhecimento geográfico, desde o campo físico até o campo humano, permitindo seu acesso de maneira clara e descomplicada.

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