Impacto ambiental no Pantanal

Por Wilson Brito7 – Obra do próprio, CC BY-SA 3.0, https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=32800525

O Pantanal é um dos biomas mais ricos em biodiversidade do Brasil. Porém, apesar de ser considerado um bioma relativamente preservado, a busca por rentabilidade no local tem crescido, principalmente pela exploração de mercúrio, carvão e metais preciosos.

Em um sistema onde tudo está interligado, algumas mudanças podem desencadear uma série de problemas. A retirada de vegetação ciliar, aquelas que localizam-se nas margens do rio causam um problema conhecido como assoreamento.

Este fenômeno ocorre quando as encostas dos rios do Pantanal, quando desnudadas de vegetação, apresentam grande processo erosivo. Com isso, é muito comum e queda de sedimentos da natureza dentro dos rios, diminuindo sua profundidade. Na época de chuvas, o rio enche e alaga áreas que antes não ficavam cheias de água, desregulando completamento um ciclo, que compromete a vida de muitas espécies.

O turismo desordenado também tem contribuído com os problemas do Pantanal, porém há formas de fazer turismo sustentável, uma forma de explorar as riquezas pantaneiras sem degradá-la. Até mesmo a criação de gado, antes tímida, seguindo o ciclo vazão-cheia tem sido abalada.

O que está acontecendo com o Pantanal é mais um reflexo da falta de fiscalização que infelizmente acaba contribuindo a destruição do bioma. De nada adianta ter códigos de leis enormes se nada é feito para cumpri-lo, ainda mais com as últimas mudanças que causaram polêmica nos últimos anos no código florestal brasileiro. O Pantanal está seguindo o mesmo caminho que seguiu a Mata Atlântica e que está seguindo o Cerrado e a Amazônia, quebrar esta sina só depende do apoio dos governos e da população em geral.

Share

Meu nome é Fernando Soares de Jesus, natural de Imbituba/SC, geógrafo pela Universidade Federal de Santa Catarina e mestrando na área de Desenvolvimento Regional e Urbano na mesma instituição. Criei este blog ainda no Ensino Médio, em meados de 2013, com o objetivo de compartilhar e democratizar o conhecimento geográfico, desde o campo físico até o campo humano, permitindo seu acesso de maneira clara e descomplicada.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.