Espanha – Características gerais, clima, relevo e hidrografia

Bandeira da Espanha

Bandeira da Espanha

Características Gerais

Capital: Madrid;
Área: 505.991 km²;
Moeda: Euro;
População: 46,4 milhões de habitantes (2017);
Densidade Demográfica: 92,2 hab./km²;
PIB: 1,2 trilhão;
Idioma: Espanhol.

Relevo

O território espanhol é predominantemente marcado por elevações, estando a maior parte inserido sobre um planalto, conhecido como Meseta Central.

Este platô é cortado em sentido leste-oeste pela Serra Central. Já perto da planície do rio Ebro, a Serra Central se liga com a Cordilheira Ibérica, esta última que se inclina em sentido noroeste-sudeste.

Relevo da Espanha. Fonte: http://www.studentsoftheworld.info/sites/country/sp

Nos limites da Meseta Central, encontramos outras cordilheiras importantes. São elas: a Cordilheira Cantábrica, na região da Galícia, a noroeste, e a Cordilheira Baética, do sul.

A Cordilheira Baética mergulha sob o Mar Mediterrâneo, emergindo há alguns quilômetros da costa e formando as Ilhas Baleares.

Já na divisa com a França, sobe a cadeia de montanhas do Pirineus.

As depressões ocorrem nas redondezas dos rios Ebro (entre Cordilheira Ibérica e Pirineus) e Guadalquivir (entre a Cordilheira Baética e a Sierra Morena).

As planícies costeiras têm extensão reduzida, atingindo maior relevância na comunidade autônoma de Valência.

Clima

A Espanha apresenta uma quantidade relativamente elevada de tipos climáticos em seu território.

Isto pode ser explicado pela conformação do relevo, onde as cadeias de montanhas criam regiões de sombra de chuvas, similar ao que acontece no Sertão Nordestino com o Planalto da Borborema, e pelo tamanho da Península Ibérica, que possibilita a existência de climas oceânicos e continentais.

Na faixa norte do país, entre a Catalunha e a Galícia, predomina um clima temperado úmido, com índices pluviométricos elevados. Corresponde ao clima Cfb na classificação climática de Koppen.

Fora desta zona, todavia, os índices pluviométricos costumam ser muito baixos.

A região central e sudeste do país, mais precisamente as regiões de Castilla-la-Mancha, Valência, Murcia e o sul de Aragão, apresenta um clima notadamente árido e quente (BSk).

Este clima é em boa parte sustentado pela existência de uma corrente de ar quente e seca que é barrada pela Cordilheira Cantábrica e pelos Pirineus, ficando presa em território espanhol durante o verão.

A maior parte da Andaluzia, bem como uma estreita faixa que vai do centro ao oeste do país (noroeste de Castilla-la-Mancha até a Extremadura), é caracterizada por um clima temperado com verões quentes (Csa).

Por fim, de Castilla y León até a Galícia, predomina um clima temperado com verões temperados (Csb).

Os climas não-montanhosos espanhóis são notadamente influenciados pela continentalidade.

Hidrografia

A hidrografia ibérica é, quando consideramos o número de rios e sua extensão, bem desenvolvida.

Principais Bacias Hidrográficas da Espanha. Por FDV – Obra do próprio, CC BY-SA 4.0, https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=3787551

Principais Bacias Hidrográficas da Espanha. Por FDV – Obra do próprio, CC BY-SA 4.0, https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=3787551

Podemos dividir as bacias hidrográficas espanholas em dois grandes grupos. O primeiro drena para o Oceano Atlântico, e engloba os principais rios do país. São eles: o Tejo (1.007 km), o Douro (895 km), o Guadiana (818 km) e o Guadalquivir (657 km). Todos, com exceção do último, têm sua foz em Portugal.

Já o segundo grupo corresponde aos rios que drenam para o Mar Mediterrâneo. Esta rede hidrográfica é, todavia, bem mais pobre, especialmente por este rios atravessarem as regiões mais secas da Meseta.

A exceção deste grupo fica pelo Rio Ebro, com 909 km, nascendo na Cordilheira Cantábrica e desaguando na província de Tarragona, entre Barcelona e Valência.

Porém, apesar de ter alguns dos maiores rios da Europa, a Península Ibérica é drenada por rios, em geral, com pouco volume anual e com regimes irregulares.

A maior exceção a esta regra é o Rio Ebro, que apresenta um fluxo elevado, de aproximadamente 540 metros cúbicos por segundo. Esta característica ocorre por conta da constante alimentação do rio pelo degelo dos Pirineus e pelas constantes chuvas nesta área do país.

Meu nome é Fernando Soares de Jesus, natural de Imbituba/SC, geógrafo pela Universidade Federal de Santa Catarina e mestrando na área de Desenvolvimento Regional e Urbano na mesma instituição. Criei este blog ainda no Ensino Médio, em meados de 2013, com o objetivo de compartilhar e democratizar o conhecimento geográfico, desde o campo físico até o campo humano, permitindo seu acesso de maneira clara e descomplicada.

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