Os belts e a política agrícola estadunidense

O setor agrícola americano é atualmente um dos mais rentáveis e competitivos do mundo. O país é líder na produção e na exportação de diversos gêneros agrícolas e apresenta um mercado interno bastante aquecido.

Este sucesso no setor primário dos EUA é resultado da crescente mecanização e do aperfeiçoamento das técnicas agrícolas usadas no país, entre as quais podemos citar o uso de maquinário de última geração, da manipulação genética e de adubos e fertilizantes de alta qualidade, além da ocorrência de climas e tipos de solos úteis para a atividade agrícola ao decorrer de sua grande extensão territorial.

Porém, a união desses fatores não seria o suficiente para dar os EUA a força agrícola que apresenta atualmente sem os incentivos feitos pelo Estado. O emprego de subsídios para os agricultores estadunidenses garante proteção à flutuabilidade da economia e à concorrência externa, por exemplo. O documento que regula os interesses americanos no campo, conhecido como Farm Bill, vem sendo alvo de críticas dos países não-desenvolvidos por impedir a competitividade dos seus produtos. Segundo a ONG Oxfam, o governo dos EUA gasta, em média, um valor de cerca de 3,9 bilhões de dólares todo ano com ajuda financeira apenas aos produtores do algodão do país.

A produção agropecuária dos Estados Unidos é organizada nos chamados cinturões (belts), entre os quais destacam-se cinturão do trigo (wheat belt), do milho (corn belt) e do algodão (cotton belt). Isto ocorre porque o grande território americano permite uma interessante diversidade de fatores e, consequentemente, de culturas. Nas regiões subtropicais do sul, por exemplo, destacam-se o cultivo da laranja, com atenção ao estado da Flórida, e do limão. Já na Califórnia, ressalta-se a produção de algodão, uva e maçã.

Outra região importante no cenário agropecuário americano são as Grandes Planícies, uma faixa fértil e plana que se estende-se do estado do Texas até o Canadá. É possível encontrar na região uma concentração de produtores suínos e bovinos, além do cultivo do trigo. No nordeste, destaque também para os hortifrutigranjeiros.

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Meu nome é Fernando Soares de Jesus, natural de Imbituba/SC, geógrafo pela Universidade Federal de Santa Catarina e mestrando na área de Desenvolvimento Regional e Urbano na mesma instituição. Criei este blog ainda no Ensino Médio, em meados de 2013, com o objetivo de compartilhar e democratizar o conhecimento geográfico, desde o campo físico até o campo humano, permitindo seu acesso de maneira clara e descomplicada.

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